Em Sergipe, o bodyboarding está sendo uma ferramenta muito importante na vida de crianças carentes e portadoras de necessidades especiais, que lutam com muita perseverança contra o preconceito e a indiferença.
Tudo isso faz parte de uma iniciativa voluntária de atletas, que dedicam um pouco do seu tempo para mostrar que elas podem superar os seus limites.
O projeto “realizando sonhos” é desenvolvido pelo atleta profissional Geldo Campos da
Associação de Bodyboarding da Coroa do Meio, e trabalha com crianças carentes do bairro Coroa do Meio, um dos bairros de maiores contrastes sociais da capital sergipana. Na escolinha, Geldo Campos ensina a pratica do esporte, além de ministrar palestra sobre as drogas e a influência das amizades.
Bons frutos do projeto realizando sonhos estão sendo colhidos, e certamente uma nova safra de atletas sergipanos terão a sua origem de lá, a exemplo do jovem Jhon Lenon, que já vem participando de campeonatos nos estados de Sergipe e Alagoas e conseguindo boas colocações, e terá a sua primeira oportunidade de participar de uma etapa do Circuito Brasileiro agora em setembro, no Bahia Bodyboarding Show.
Outros talentos estão surgindo do projeto realizando sonhos, a exemplo de Demerson William, Dernival Santos, Denner Patrick e Rivaldo Azevedo.
O projeto “estrelas do mar”, realizado pela Waves Escola de Bodyboarding, aos comandos dos atletas Byron Silva e Laís Azevedo e em parceria com a APAE, Associação Sergipana dos cidadãos com síndrome de down e Unidos pelo direito a pessoa com síndrome de down, e utiliza a pratica do bodyboarding, como ferramenta de interação de crianças e adultos com Síndrome de Down e autismo.
A prática é pioneira no nordeste, e tem o intuito de desenvolver a coordenação motora, a socialização e despertar a educação ambiental dos participantes.
O dia da criançada começa com alongamento na areia, e em seguida, no mar é realizado o treinamento que ensina a parte técnica do esporte, onde cada criança é acompanhada de um instrutor. O projeto conta também com colaboradores na área de saúde, como assistente social, fonoaudiólogo, educador físico e pedagogo. A alegria e satisfação dos meninos surpreendem aos pais, que acompanham de perto a aula.
Ambos os projetos são realizados de forma voluntária, e todos os materiais utilizados.
Foi fruto de doações de praticantes do esporte. Infelizmente existe muita dificuldade em conseguir patrocínios e o poder público, representado pelas esferas municipal e estadual, não oferecem respaldo para estes importantes projetos sociais.
No entanto, mesmo com as dificuldades enfrentadas, mas com a colaboração de todos os envolvidos, estamos construindo valores e contribuindo com a melhoria na qualidade de vida dessas pessoas.
Por: Thiago Meneses (BodyboardSergipe)